Dufy dedicou-se, desde o início do século, a actividades extra-pictóricas como a gravura, a decoração, o design de tecidos para estofos e moda, e também de mobiliário, além da execução de cenários para teatro e figurinos para ballet, actividades múltiplas que lhe asseguraram largamente a subsistência e lhe granjearam uma fama merecida.
Por volta de 1928, Dufy entregou-se também à cerâmica, actividade esta que conheceu um pontual antecedente em 1924, como esta excelente peça o demonstra. A alegria de viver, tão característica da arte de Raoul Dufy, exprime-se claramente através da decoração deste pote, requintada peça na qual parecem flutuar as formas maciças e expressivas de nadadoras róseas, em singular lembrança “fauve”, as formas dadas porém em contornos contrastantes de grande agilidade gráfica sobre um fundo negro uniforme.