Este exemplar veio para Portugal em 1902, através da alfândega da Figueira da Foz, mas despachado como máquina agrícola, por não haver ainda pautas aduaneiras para os automóveis.
Francisco Augusto Pereira Gonçalves, de Tentúgal, pai do médico Armando Augusto Leal Gonçalves, tornou-se o seu primeiro proprietário, adquirindo-o por 2.050$00. Foi registado em Fevereiro de 1903, por só então se tornar obrigatório o registo. Nessa data fizeram o exame de condução o proprietário e o seu filho, sendo o examinador um engenheiro das Obras Públicas que nunca tinha entrado num automóvel. Bem consciente da importância histórica do acto, o engenheiro apresentou-se de sobrecasaca e chapéu alto. Os examinandos prestaram, com êxito, as suas provas, tendo sido atribuída a carta n.º 1, de Coimbra, ao proprietário do Darracq e a seu filho a n.º 2. Ao Darracq de 1902, foi dada a matrícula n.º 1 de Coimbra.
Em Lisboa, nas oficinas do Eng.º José Jorge Canelas, é restaurado até ao mais ínfimo pormenor. Tem participado em várias provas como a clássica prova London-Brighton, nos anos de 1974, 79 e 86. Em 1978, no Rallye du Luxembourg e em Outubro de 1994, participou no Rallye des Ancêtres dans les Hauts de Seine.
Darracq
1902
França
12 cv
2 cilindros
2360 cc
3 velocidades
710 kg
Velocidade Max.
65 km/h
Nº de Chassis
3190
Nº do Motor
3190