Aproveitando o Salão de Berlim de 1933, a Mercedes-Benz apresentou ao mundo o modelo W22, a aposta para ocupar o topo da hierarquia do catálogo.
Ao contrário do que sucedia nos modelos anteriores da classe S, a letra K significava compressor e não curto. Entre 1933 e 1934 foram produzidas apenas 157 unidades do modelo 380K, a maioria Cabriolet tipo A, B e C.
Equipado com um inovador motor de oito cilindros em linha, de 3,8 litros de cilindrada, o novo topo de gama alemão distinguia-se, mecanicamente, pelo uso de suspensão independente, com braços em forma de “A” na frente e, atrás, braços oscilantes, molas helicoidais nas quatro rodas e ainda travões hidráulicos.
Do automóvel apresentado no Museu do Caramulo, o 380K, tipo C, com duas portas, quatro lugares e com apenas dois vidros laterais, foram produzidas 44 unidades.
A ficha desta viatura, conservada ainda pela fábrica de Estugarda, ilustra a encomenda do veículo feita pelo agente da marca em Lisboa, Sociedade Comercial Mattos Tavares, Lda., em 1934, tendo sido embarcado para Lisboa no ano seguinte. Comprado por João de Lacerda, em 1956, foi totalmente reconstruído na oficina particular de Harry Rugeroni, em Lisboa, conservando o estofo de couro de origem, por estar ainda em óptimo estado. Apenas seis automóveis deste tipo se conhecem na posse de coleccionadores.
Mercedes-Benz
1934
Alemanha
138 cv
8 cilindros
3823 cc
4 velocidades
2050 kg
Velocidade Max.
155 km/h
Nº de Chassis
11268
Nº do Motor
103324